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EPIDEMIOLOGIA DA MORTALIDADE NEONATAL EM FOZ DO IGUAÇU DE 2011 A 2015

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Objetivo: Descrever a epidemiologia da mortalidade neonatal em Foz do Iguaçu dos últimos cinco anos. Método: Neste estudo seccional foram utilizados dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos e do Sistema de Informação de Mortalidade do período de 2011 a 2015. Calculou-se o perfil da mortalidade neonatal segundo as variáveis idade e escolaridade materna, tipo de gravidez, tipo de parto, sexo, causa mortis e período neonatal de ocorrência. Resultado: Foram registrados 25.512 nascidos vivos e 282 óbitos neonatais no período (11,05/1.000). Dentro de cada variável avaliada, as maiores taxas de mortalidade foram observadas nas categorias de mães adolescentes (15,5/1.000), mães sem escolaridade (26,4/1.000), gestação múltipla de três ou mais fetos (222,2/1.000), parto cesariana (11,4/1.000) e bebês do sexo masculino (11,8/1.000). Os óbitos concentraram-se no período neonatal precoce (72%) e foram causados principalmente por afecções perinatais (68,4%) e anomalias congênitas (28,4%).Conclusao: Em Foz do Iguaçu, os fatores mais fortemente associados à mortalidade neonatal no quinquênio estudado foram escolaridade materna e gemelaridade. Paralelamente, observou-se que a taxa de mortalidade infantil e a concentração de óbitos no período neonatal precoce secundários a afecções perinatais observadas nesta pesquisa são inconsistentes com o perfil socioeconômico do município. Em conjunto, as informações produzidas neste estudo permitem sugerir que pesquisas futuras investiguem a qualidade do investimento e da atenção à saúde materno-infantil no município. Na prática, sugere-se que o município adote ou intensifique as ações de atenção pré-natal no sentido de empoderamento das mães e de atenção específica às gestações de risco, como as gemelares.