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DISTRIBUIÇÃO DAS CAUSAS EVITÁVEIS DE ÓBITOS INFANTIS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS, 2000 – 2014

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Objetivo: Descrever a distribuição das causas evitáveis de óbitos infantis nas capitais brasileiras, no período de 2000-2014. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo seccional no qual foi utilizado o Sistema de Informação sobre Mortalidade para obtenção dos dados de óbitos infantis segundo causa. A mortalidade proporcional segundo causa e capital foi agregada em quinquênios (2000-2004, 2005-2009 e 2010-2014). Para definição das causas evitáveis adotou-se a Lista de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde. Resultados: Observou-se uma discreta redução nas mortes por causas evitáveis, passando de 71,7% no primeiro quinquênio para 67,8% no terceiro. As causas reduzíveis pela adequada atenção à mulher na gestação obtiveram um acréscimo considerável, passando de 23% no primeiro quinquênio para 30,2% no terceiro. As causas reduzíveis pela adequada atenção ao recém-nascido obtiveram uma redução considerável, passando de 24,2% no primeiro quinquênio para 17% no terceiro. A capital que mais obteve óbitos por causas evitáveis foi da região Norte, Macapá, com média de 80,9%. Já a capital que menos obteve óbitos por causas evitáveis foi da região Sul, Florianópolis, com média de 60,9%. Conclusões: Durante o período analisado, mais de 65% dos óbitos infantis nas capitais brasileiras seriam evitáveis por adequada atenção materno-infantil, revelando importantes fragilidades no cuidado e a necessidade de investimentos na qualificação da assistência à mulher e à criança. Os dados apontam ainda para a persistência de desigualdades regionais, uma vez que, as capitais do Norte e do Nordeste apresentam taxas de mortalidades evitáveis superiores ao centro-sul do país.