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Objetivo: Pesquisar anticorpos anti-L. infantum, em cães necropsiados; bem como determinar a ocorrência da infecção em animais procedentes da região central do Rio Grande do Sul (RS), considerada não endêmica. Métodos: Os animais foram necropsiados durante a rotina do Laboratório de Patologia da Universidade Federal de Santa Maria, no período de novembro de 2014 a abril de 2016. Para a detecção dos cães sororreagentes, foi realizada a Reação de Imunofluorescência Indireta, nas amostras armazenadas no banco de soro do Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias. Adicionalmente, as lesões anatomopatológicas foram correlacionadas com os dados epidemiológicos referentes a: sexo, idade, raça, procedência e a ocorrência nas estações do ano. Resultados: Analisou-se 78 amostras, onde 26/78 (33,3%) apresentaram soropositividade para L. infantum. A ocorrência de anticorpos foi detectada em animais de diferentes idades, sem predominância de sexo ou raça. Não se verificaram lesões anatomopatológicas características da doença, sendo classificados como animais assintomáticos, desempenhando o papel de sentinelas. Conclusão: Este estudo contribuiu para um maior conhecimento da epidemiologia desta protozoonose e detectou-se a ocorrência de anticorpos anti-L. infantum em animais provenientes de áreas consideradas indenes.