DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS E OFERTA DE PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS RESTAURADORES
OBJETIVOS: analisar a prevalência de procedimentos odontológicos restauradores dos serviços de saúde bucal da atenção primária à saúde no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal sobre as 24.953 (100%) Unidades Básicas de Saúde (UBS) com saúde bucal do Brasil no ano de 2012-2013. Os dados são provenientes de um programa de avaliação da atenção primária à saúde do Ministério da Saúde (PMAQ) e foram coletados por avaliadores treinados, por meio de um questionário estruturado sobre características das UBS. As variáveis foram: Índice de Gini (baixo / médio / alto) e Procedimentos restauradores. Para caracterizar procedimentos restauradores, as seguintes características necessitavam estar presentes ao mesmo tempo: fotopolimerizador, resinas, amalgamador e amálgamas. A análise estatística foi realizada com o software Stata 11, no qual foram realizadas as análises das frequências brutas e relativas para a variável Procedimentos restauradores estratificada por GINI. RESULTADOS: A maioria das UBS se localizava em municípios com GINI baixo (38,6%) e médio (31,9%). A prevalência de UBS com oferta de procedimentos restauradores foi 68,2% (IC95%: 67,6-68,8). Após a estratificação por GINI, maiores prevalências foram encontradas entre os municípios de GINI baixo 72,2% (IC95%: 71,2-73,1) em comparação aos municípios com GINI alto 63,1% (IC95%: 61,9-64,2). CONCLUSÕES: Equipes de saúde bucal em municípios com menor concentração de renda apresentam maior oferta de procedimentos restauradores.