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Objetivo: Verificar os desfechos maternos e sua relação com óbitos maternos em uma maternidade do nordeste brasileiro. Métodos: Trata-se de estudo descritivo, documental e de natureza quantitativa, realizado no mês de agosto de 2016. A amostra constituiu-se por 47 prontuários de pacientes que foram a óbito na Unidade de Terapia Intensiva Materna no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. O estudo foi aprovado pelo o Comitê de Ética e Pesquisa sob nº 1.646.390. Resultados: Quanto ao desfecho da gestação, prevaleceram casos de cesáreas, com 58,7%, seguidos de partos vaginais (26,1%) e aborto espontâneo (8,7%). Quanto ao local de ocorrência do parto/aborto, prevaleceu o próprio serviço, com 67.6%, seguido de outros serviços de saúde (27%) e, por fim, no domicílio (5,4%). Quando realizado cesárea, a indicação que prevaleceu foi Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) /Eclampsia (26%), seguida de sofrimento fetal agudo (17,4%) e duas ou mais cesáreas anteriores (8,7%). Morte materna iminente ou post mortem, descolamento prematuro de placenta e iminência e/ou rotura uterina foram, cada um, responsáveis por 8,7% das indicações de cesáreas. O profissional que fez ou acompanhou o parto/aborto foi identificado principalmente como médico obstetra, com 96,7%, com apenas um prontuário indicando um médico não obstetra (3,3%). Conclusões: Estudos revelam que a cesariana foi identificada como desfecho prevalente nos óbitos estudados, sendo este fator preditor para near miss e morte materna.