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CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS AOS 18 ANOS DE IDADE: COORTE DE NASCIMENTOS DE 1993

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Objetivos: Avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados (UP) e sua contribuição no consumo energético dos adolescentes participantes da coorte nascimentos de 1993 da cidade de Pelotas. Métodos: Aos 18 anos de idade, 4.069 participantes da coorte responderam o questionário de frequência alimentar. Segundo o grau de processamento, 23 itens alimentares foram classificados como UP, dentre esses: pães; biscoitos; embutidos; gorduras; doces; refrigerantes e bebidas adoçadas; lanches e fast foods; iogurte e requeijão; refrigerante light, diet e zero; chips. A partir da estimativa energética diária de cada alimento, foi estimado o percentual de contribuição calórica total deste grupo. Resultados: Cerca de 1.445 calorias diárias consumidas pelos adolescentes eram provenientes de alimentos UP, representando 39,3% (IC95% 38,9; 39,7) da contribuição energética total. O percentual de contribuição de UP foi maior nos participantes do sexo feminino (40,7%), que relataram cor da pele não branca (40,2%), que eram menos ativos (39,1%) e que não fumavam atualmente (39,5%). Em relação à renda familiar, o consumo foi significativamente menor entre os jovens com maior poder aquisitivo (38,7%). Ainda, observou-se aumento no total de calorias consumidas, assim como do percentual de energia proveniente de carboidratos e lipídios e diminuição no consumo de proteínas conforme aumento no consumo de UP. Conclusões: Os resultados revelam um alto consumo de alimentos UP entre os adolescentes da coorte de 1993. A fim de reverter os possíveis impactos negativos deste quadro, a educação nutricional para melhorar a qualidade das escolhas alimentares é um dos caminhos para a promoção à alimentação saudável.