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CARACTERIZAÇÃO DOS ÓBITOS DE ENFERMEIROS EM MINAS GERAIS, BRASIL EM 2014

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Objetivo: Caracterizar os óbitos de enfermeiros ocorridos em Minas Gerais/Brasil no ano de 2014. Métodos: Estudo transversal de base populacional com dados de mortalidade provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados pelo Ministério da Saúde, sem identificação dos sujeitos. Critérios de elegibilidade: enfermeiros, com ensino superior e idade acima de 21 anos. A causa da morte avaliada conforme CID-10. Resultados: Foram selecionadas 112 declarações de óbitos, 55 excluídas em conformidade com os critérios de elegibilidade (preenchimento incompleto e/ou inadequado). Ao final, 57 declarações de óbitos foram analisadas. Predomínio de mulheres (84,21%); raça branca (71,93%); estado civil solteiro (42,11%); cujo óbito ocorreu no hospital (64,91%). As principais causas de morte: neoplasias (35,09%), doenças do aparelho circulatório (19,30%) e causas externas (14,04%). Destaque para infarto agudo do miocárdio (63,64%) e o suicídio (75,00%). A mortalidade proporcional por faixa etária evidenciou 12,28% dos óbitos por neoplasias na faixa etária de 50-59 anos; 7,01% dos óbitos por doenças do aparelho circulatório na faixa etária 50-59 anos e entre as causas externas não houve expressiva diferença até 59 anos. Conclusões: As características dos óbitos seguiram um padrão histórico da profissão inicialmente conduzida por mulheres brancas solteiras. As causas de morte trazem à tona discussões acerca das condições de trabalho e vida destes profissionais, com destaque para o suicídio que traz reflexões não apenas no âmbito da saúde. Preenchimento incompleto e/ou inadequado das declarações de óbito podem subestimar informações importantes, por isso incentivos para melhoria da qualidade da informação se fazem necessários.