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OBJETIVO: Analisar os casos de raiva humana no Estado do Ceará, 1990 a 2016. MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo com dados da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará – SESA, durante o período de 1990 a 2016. RESULTADOS: Durante o período estudado houve o registro de 46 casos de raiva humana no estado do Ceará. Destes, 29 (63%) a transmissão se deu por cães, sendo 15 (51,72%) na capital Fortaleza, 12 (26%) transmitido pela espécie Callithrix jacchus (sagui), quatro (8,7%) por morcegos e um (2,2%) por guaxinim. A série histórica apresenta o cão como principal transmissor da doença no estado, fato este, mantido até o ano de 2003. Entre 2004 a 2016, os animais silvestres, em especial os saguis tomaram o lugar na cadeia de transmissão do vírus da raiva no Ceará. Em 2016 houve o último registro de raiva humana com transmissão por morcego hematófago no município de Iracema. CONCLUSÃO: Diante do exposto, o estado do Ceará se apresenta de forma endêmica para a raiva, necessitando do fortalecimento das ações de vigilância somadas às ações de educação em saúde.