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CAPACIDADE PARA O TRABALHO E CONDIÇÕES DE SAÚDE EM PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

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Objetivo: analisar a associação entre capacidade para o trabalho e condições de saúde em professores da educação básica. Métodos: estudo transversal com 822 professores da rede estadual de ensino de um município do Sul do Brasil. Informações ocupacionais, de condições de saúde e o Índice de Capacidade para o Trabalho foram obtidos por meio de entrevistas entre agosto de 2012 e junho de 2013. Dados sociodemográficos faziam parte de um questionário autorrespondido. Realizou-se análise de regressão logística binária com cálculo das razões de chances (OR) e respectivos intervalos de confiança (IC 95%). Associações entre capacidade para o trabalho moderada/baixa e condições de saúde foram ajustadas por sexo, idade, renda, situação conjugal, carga horária total de trabalho, número de turnos trabalhados e ter sofrido violência nos últimos 12 meses. Resultados: a capacidade para o trabalho moderada/baixa foi identificada em 39,5% dos docentes. No modelo ajustado, as seguintes condições de saúde apresentaram chances superiores entre professores com moderada/baixa capacidade para o trabalho: pior qualidade do sono (OR=2,98; IC95% 2,16-4,10), ter referido diagnóstico médico de dor crônica (OR=3,20; IC95%: 2,34-4,38), de depressão (OR=6,75; IC95%: 4,19-10,88), de ansiedade (OR=3,07 IC95%: 2,15-4,37) e de enxaqueca (OR=2,74; IC95%: 1,88-3,99). Conclusões: os resultados evidenciam que, independente de outras características, quanto pior a saúde física e mental dos professores, pior será a capacidade que o mesmo dispõe para realizar seu trabalho.