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AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA DE FERRO SÉRICO EM PORTADORES DE HEPATITE VIRAL C CRÔNICA

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Este estudo teve como objetivo avaliar a sobrecarga de ferro de indivíduos em tratamento da hepatite C crônica atendidos no Programa Municipal de Hepatites Virais em Feira de Santana (PMHV), Brasil. Trata-se de um estudo de corte transversal que utilizou de dados secundários retirados de 40 prontuários. Os dados descritivos formam apresentados através das frequências relativas e absolutas, médias e desvio padrão. Para a análise exploratória as variáveis quantitativas foram recategorizadas e em seguida aplicado o teste Exato de Fisher considerando o nível de significância de 95,0% (p <0,05). Essa pesquisa foi aprovada pelo CEP/UEFS (CAAE nº 30002814.1.0000.0053). Os resultados evidenciaram que a maioria (75,0%) eram homens, com idade média de 54,8 (± 7,1) anos, 27,5% apresentavam sobrepeso, acometidos por anemia (75,0%), hipertensão (42,5%) e esteatose hepática (35,0%). A farmacoterapia predominante foi a associação entre Interferon/Ribavirina (82,5%). Os biomarcadores laboratoriais apresentaram leucopenia (65,5%), plaquetopenia (77,5%), dosagem de AST e ALT (65,0%) e Ferritina (17,5%) elevadas. Os genótipos(G) apresentaram frequência de G1 (50,0%), G3 (32,0%) e G2 (18,0%). Na biópsia hepática 12,5% possuíam sobrecarga de ferro hepático. Na análise exploratória foram verificadas ausência de anemia na presença de sobrecarga de ferro (p= 0,008) e presença de sobrecarga de ferro associada ao genótipo tipo 1 (p= 0,002). Tendo em vista a relevância do tema e a incipiência de conhecimentos fisiopatológicos, novos estudos que associem a sobrecarga de ferro com a hepatite viral C tornam-se necessários principalmente utilizando-se desenhos longitudinais na tentativa de possibilitar investigar a progressão dessa doença e seus fatores contribuintes.