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ANÁLISE SOCIOECONÔMICA DA DISTRIBUIÇÃO DE DENGUE NO RIO GRANDE DO SUL

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Introdução: Em termos de magnitude epidemiológica, a dengue é a doença viral mais importante do Brasil atualmente, presente em todo o território nacional. O estado do Rio Grande do Sul (RS) vem apresentando incidência crescente de casos de dengue na região, apesar de apresentar clima desfavorável para o desenvolvimento do vetor, o mosquito Aedes aegypti, e ainda reportar menos casos da doença do que os outros estados da Federação. Objetivo: verificar os padrões de dependência espacial de fatores socioeconômicos e demográficos explicativos para o registro de casos de dengue nos municípios do RS entre os anos de 2009 a 2015. Metodologia: Utilizou-se o software livre Geoda para realizar o modelo econométrico Logit estimado via GMM espacial de Conley (1999), a Análise Exploratória de Dados Espaciais e a Local Indicators of Spatial Association, utilizando como variável dependente a presença ou ausência de casos reportados de dengue e como variáveis independentes o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), o índice de Gini e a densidade populacional. Resultados: verificou-se a formação de clusters de presença de dengue no estado. Todas as variáveis se mostraram parcialmente explicativas para a ocorrência de dengue. A análise precisou ser complementada com considerações acerca das condições climáticas específicas de cada região. Conclusão: A presença de casos de dengue no RS parece estar relacionada a baixo IDH-M, baixo índice de Gini e alta densidade populacional. Medidas de controle e prevenção da doença devem considerar tais características locais, a fim de conter o avanço da epidemia no estado.