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ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CURA DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

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Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico e percentual de cura da tuberculose, na cidade de Florianópolis, de 2010 a 2015, de acordo com as características sociodemográficas e patológicas da população estudada, levando em conta agravos associados. Métodos: Foram analisados dados do Banco de Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), referentes às fichas de investigação de 2010 a 2015, em Florianópolis. Foram estudados 1880 casos, acompanhados por 12 meses. O desfecho analisado foi a cura da doença, a partir de duas baciloscopias negativas. As variáveis independentes foram sexo, faixa etária, forma da doença, agravos associados (AIDS, alcoolismo, diabetes e doenças mentais), Tratamento Diretamente Observado (TDO) e institucionalização. Resultados: A maioria dos casos era do sexo feminino (68,83%), entre 19 e 39 anos (51,76%). O TDO foi realizado em 73,30% dos pacientes, e o agravo mais prevalente foi AIDS (39,79%). A taxa de cura foi 38,99%, sendo maior no sexo feminino (46,42%) do que no masculino (35,63%). A forma pulmonar teve maior taxa de cura (41,98%), assim como a faixa etária de 12 a 18 anos (52,31%). O agravo com o menor percentual de cura foi AIDS (22, 86%), seguido pelo álcool (25,76%). Pacientes que tiveram o TDO apresentaram cura em 29,75% dos casos. Conclusão: Apesar de ser referência em saúde pública, Florianópolis apresentou um baixo percentual de cura da tuberculose. Os resultados levantam questionamentos sobre: a eficácia do tratamento; possíveis microorganismos resistentes; manejo multiprofissional dos pacientes; qualidade do TDO; entre outros possíveis obstáculos à cura da doença.