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Objetivo: Analisar os óbitos por hanseníase em pessoas residentes no cluster 3, que abrange os estados de Mato Grosso e Rondônia. Método: trata-se de estudo ecológico de natureza espaço-temporal, realizado em base de dados secundários do SIM, 1999-2014. As bases populacionais foram obtidas pelo IBGE. Para análise de tendência temporal, utilizou-se o Joinpoint Regression Program versão 4.4.2. A partir da definição dos segmentos, estimou-se e testou-se a Variação Percentual Anual (Anual Percentual Change - APC) e a Variação Percentual Anual Média (Average Anual Percentual Change - AAPC), com seus respectivos IC de 95%.Resultados: Foram registrados 122 óbitos, sendo 67,6% em Rondônia, com uma média de 7,6 óbitos por ano no cluster. Quanto ao sexo 75,4% eram masculino. As faixas etárias com maiores percentuais foram de 50 a 59 e de 60 a 69, com 17,2% e 22,1%, respectivamente. Quanto a raça, o maior percentual foi a branca com 49,5% seguida da parda 41,3 %. A análise de regressão joinpoint apresentou tendência de manutenção no período de 1999 a 2014, com APC de 3,9 e intervalo de confiança (IC) 95% de -0,1 a 8,1, sem significância estatística. Conclusão: Apesar de sua baixa letalidade, a hanseníase se mantém como causa associada de óbitos em áreas de alto risco. Os resultados obtidos denotam a necessidade de maiores investimentos para redução da carga da doença, principalmente nos contextos de maior vulnerabilidade.