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AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: DIFICULDADES NA ORIENTAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

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Objetivo: descrever as dificuldades dos agentes comunitários de saúde (ACS) na orientação da alimentação complementar. Métodos: estudo transversal realizado em todas as unidades básicas da zona urbana em Pelotas/RS, com Estratégia Saúde da Família (ESF) ou Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS). O instrumento foi organizado em duas partes, uma aplicada por entrevistador treinado contendo dados sociodemográficos e outra autoaplicável, que incluiu uma questão aberta sobre dificuldades na orientação da alimentação complementar. Resultados: Participaram 246 ACS, mais de 80% eram do sexo feminino, idade média de 36 anos (DP ± 8,6), 71% autorreferiram cor da pele branca, 55% exerciam a profissão há até dois anos e 52% apresentavam ensino médio como maior grau de estudo. Dos entrevistados, 142 (57,7%) referiram dificuldade para orientação da alimentação complementar, incluindo: falta de capacitação (43,7%), baixo poder aquisitivo das famílias (12,7%) e não saber orientar por ausência de conhecimento, entre esses a idade inicial da introdução de alimentos, tipos e quantidades, modo de preparo e temperaturas e não conhecer as propriedades nutricionais de frutas e vegetais. Dezesseis ACS referiram ter dificuldade em conscientizar as famílias da importância da alimentação para saúde da criança e 9,9% relataram resistência das famílias em seguir as orientações devido mitos, tabus e hábitos alimentares. Conclusão: o ACS pode ter um importante papel promovendo alimentação complementar saudável nas comunidades e conhecer suas dificuldades é primordial na formulação e implantação de estratégias com este intuito. Como verificado o primeiro passo é proporcionar a capacitação destes profissionais em todo território nacional.