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ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DO BRASIL

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Objetivos: Avaliar a prática do acolhimento à demanda espontânea realizada pelas equipes de atenção básica do Brasil a partir do 2° Ciclo de avaliação do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB); Analisar a adequação do acolhimento à demanda espontânea (ADE), segundo as características demográficas e indicadores de saúde dos municípios do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, do tipo normativo com abordagem quantitativa, a partir dos dados do segundo ciclo de avaliação do PMAQ, realizado no segundo semestre de 2014 durante a aplicação do questionário de avaliação do módulo II- entrevista com o profissional de saúde e verificação de documentos na unidade. Participaram da pesquisa 2.778 equipes de saúde distribuídas em 4.826 municípios brasileiros. Nesta pesquisa foi priorizada a análise da Subdimensão VI- Acolhimento à demanda espontânea. Resultados: Os resultados demonstram que as equipes de atenção básica do Brasil realizam a prática do ADE com irregularidade, com atendimento inoportuno das demandas apresentadas pelos usuários. No Brasil, segundo regiões, as equipes de saúde do Sudeste (74%) apresentaram a melhor adequação da prática do ADE, em contrapartida a região Norte apresentou o pior desempenho (68,2%). A esses resultados atribuem-se também a influência do IDHM, porte populacional e cobertura da ESF. Conclusão: A efetividade do acolhimento depende principalmente de mudanças internas no processo de trabalho das equipes de saúde, bem como na dinâmica própria de funcionamento das unidades básicas de saúde. É importante compreendê-lo sobre a forma como se apresenta nas relações de cuidado.