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Objetivos: Investigar se a qualidade de vida relacionada a saúde bucal pode influenciar a percepção de felicidade entre universitários. Métodos: Foi conduzido um estudo transversal descritivo de uma coorte prospectiva de universitários em 2016 na Universidade Federal de Pelotas. Um questionário autoadministrado contendo perguntas socioeconômicas, psicossociais, comportamentais e de saúde bucal foi aplicado. A qualidade de vida relacionada à saúde bucal foi mensurada pelo OIDP (Oral Impacts Daily Performance). O desfecho Felicidade foi mensurada por meio de uma pergunta acompanhada da escala de faces de Andrews e Whitey. Resultados: Participaram do estudo 2.069 universitários com média de 22,4 anos de idade, sendo a maioria do sexo feminino (52,3%). A prevalência de pessoas que relataram serem felizes foi de 48,6%. A análise bruta no modelo de Poisson mostrou que além da qualidade de vida relacionada à saúde bucal, renda mensal, idade, percepção de saúde bucal, satisfação com a aparência dentária, relato de sangramento gengival e uso de serviços odontológicos foram as variáveis associadas à percepção de felicidade. Após análise ajustada, permaneceram no modelo final as variáveis qualidade de vida relacionada à saúde bucal (OR 1,28; IC 1,17-1,40), idade (OR 0,87; IC 0.81-0.95), percepção de saúde bucal (OR 1,11; IC 1,01-1,22) e satisfação com a aparência dentária (OR 1,19; IC 1,08-1,31). Conclusões: Este estudo demonstrou que a presença de impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal influenciou negativamente a percepção de felicidade dos universitários.