Anais do 11 º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Objetivo: Identificar a prevalência de consulta médica no último ano entre idosos e seus fatores associados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que utilizou os dados da coorte 2015 do Estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), estudo em painel iniciado em 2000. A população é composta por idosos (≥60 anos), de ambos os sexos, residentes na área urbana da cidade de São Paulo. A amostra foi composta por 1.209 indivíduos. Verificou-se as prevalências de consulta médica no último ano e, por meio de regressão logística, os fatores associados. Resultados: Observou-se que 89,7% dos idosos referiram consulta médica no último ano, sendo maior a prevalência entre idosos: sexo feminino (92,4%), pretos (93,6%), ≥ 12 anos de estudo (92,2%), com plano de saúde (92,6%), com auto avaliação da saúde regular (94,2%), com multimorbidade (95,3%), não frágeis (91,1%) e em uso de cinco ou mais medicamentos (97,3%). Após análises, verificou-se que consulta médica no último ano apresentou associação com sexo, plano de saúde, autoavaliação de saúde, multimorbidade e polifarmácia. Foi identificado que ser do sexo feminino, ter plano de saúde, autoavaliar a saúde como regular, apresentar multimorbidade e fazer uso de polifarmácia implicaram em maior utilização de servios de saúde quando comparados as categorias de referência. Conclusões: A partir da análise da linha de base da coorte de 2015 do Estudo SABE, foi identificada elevada prevalência de consulta médica no último ano, sendo esta potencializada por fatores sociodemográficos e de condições de saúde. Essa situação precisa ser ressaltada de modo a garantir equidade no cuidado.