TDAH NA INFÂNCIA PREDIZ MEDIDAS DE IMC E COMPOSIÇÃO CORPORAL: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL

Vol 2, 2021 - 141525
Pôster Eletrônico - PE27 - Epidemiologia do curso de vida (TODOS OS DIAS)
Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Resumo

Objetivos: Investigar a associação bidirecional entre o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e composição corporal (índice de massa corporal [IMC], massa gorda (MG) e massa livre de gordura [MLG]). Métodos: Utilizou-se os dados da coorte de nascimentos de Pelotas (Brasil) de 1993 aos 11, 15, 18 e 22 anos. A relação causal entre os sintomas de TDAH e o IMC foi investigada através de cross-lagged panel model (CLPM). Ainda investigamos a associação das escalas de sintomas de TDAH, desatenção e hiperatividade com a composição corporal aos 22 anos. Resultados: No CLPM, maiores pontuações de TDAH aos 11 anos predizem IMC mais alto aos 15 anos (β=0,055, IC95% [0,037; 0,073]). Ainda observamos uma diminuição na MLG (β = -0,16, IC 95% [-0,28; -0,05]) e um aumento no IMC (β=0,17, IC95% [0,10; 0,23]) e da MG (β=0,17, IC95% [0,06; 0,29]) aos 22 anos de acordo com os sintomas de TDAH aos 11 anos. Aos 22 anos, o TDAH estava associado a MG e MLG. Além disso, um aumento no IMC foi observado com um aumento dos sintomas de TDAH em geral (β=0,06, IC95% [0,004; 0,12]) e hiperatividade (β=0,15, IC95% [0,05; 0,25]). Conclusões: O TDAH aos 11 anos prediz um maior IMC aos 15 anos e pior composição corporal na idade adulta, sugerindo que pontuações mais altas nos sintomas de TDAH no início da vida podem ser um ponto crítico para a composição corporal. Ainda, um papel importante dos sintomas de hiperatividade foi observado nessa relação.

Eixo Temático
  • Epidemiologia do curso de vida