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Resumo

OBJETIVOS: Estimar o efeito de ser beneficiário do Programa Bolsa Família (PBF) na vacinação de crianças de 13 a 35 meses. MÉTODOS: Nascimentos de residentes em Ribeirão Preto (RP) e amostragem probabilística de 1/3 dos nascimentos de residentes em São Luís (SL), das coortes de nascimento BRISA. Selecionando-se crianças de baixa renda, nascidas em 2010 e elegíveis ao PBF, com amostra final de 532 em RP e 1.229 em SL. Informações do Cadastro Único (CadÚnico) foram usadas para categorizar a exposição recebimento de benefício do PBF (sim ou não). Desfecho: Esquema Vacinal Infantil (EVI) (BCG, tetravalente, tríplice viral, hepatite B, poliomielite, rotavírus e febre amarela). Variáveis de ajuste: classe econômica, escolaridade da mãe e cor de pele da mãe. Consideraram-se elegíveis ao benefício do PBF crianças com renda familiar per capita mensal de até R$280,00. Construiu-se modelo teórico por meio de Gráfico Acíclico Direcionado (DAG). Usou-se nas análises ponderação pelo inverso da probabilidade de exposição e pareamento por escore de propensão. RESULTADOS: Considerando renda familiar per capita mensal de até R$ 280,00, ser beneficiário do PBF não teve efeito no EVI, segundo ponderação pelo inverso da probabilidade de exposição (SL-coeficiente: -0,01; IC95%: -0,07 a 0,04; p: 0,725 e RP-coeficiente: 0,04; IC95%: -0,02 a 0,10; p: 0,244) e pareamento pelo escore de propensão (SL-coeficiente: -0,01; IC95%: -0,07 a 0,05; p: 0,744 e RP-coeficiente: 0,04; IC95%: -0,02 a 0,10; p: 0,231). CONCLUSÕES: O recebimento do benefício do PBF não exerceu influência sobre a vacinação infantil, que é uma das condicionalidades do programa.

Eixo Temático
  • Avaliação de sistemas, políticas, programas e serviços de saúde