PREVALÊNCIA DE INADEQUAÇÃO DA INGESTÃO DE FOLATO: DADOS DO INA-POF 2008-2009 E 2017-2018

Vol 2, 2021 - 141986
Pôster Eletrônico - PE40 - Epidemiologia nutricional (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivos Comparar a ingestão de folato e estimar a prevalência de inadequação da ingestão de folato em dois períodos pós-fortificação na população brasileira, conforme sexo, grupos etários, regiões geográficas e renda familiar per capita. Métodos Estudo de base populacional, utilizando dados secundários do Inquérito Nacional de Alimentação (INA) – Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2017-2018, incluindo 32.749 (2008-2009) e 44.744 (2017-2018) indivíduos ≥10 anos, não gestantes e lactantes. A ingestão usual e as prevalências de inadequação de folato foram estimadas pelos métodos do National Cancer Institute e ponto de corte da EAR, respectivamente. Resultados Considerando toda a população, a prevalência de inadequação foi de 25.2% (IC95%:24;26.3%) em 2008-2009 e 32.1% (IC 95%:30.9;33.3%) em 2017-2018. Em 2017-2018, as prevalências de inadequação aumentaram em todos os grupos sexo-idade, exceto de 10 a 13 anos. Entre mulheres em idade reprodutiva, aproximadamente 30% em 2008-2009 e 40% em 2017-2018 não atingiram a recomendação. Maiores valores de inadequação foram observados na região Norte. Os grupos alimentares que mais contribuíram para a ingestão de folato no Brasil foram feijão, pães, massas e pizza, bolos e biscoitos, e bebidas não alcoólicas em ambos os períodos, diferindo na ordem dos dois últimos. Conclusão Apesar do Brasil adotar a fortificação mandatória de farinhas de trigo e milho com ácido fólico há quase duas décadas, maiores prevalências de inadequação de folato foram observadas em 2017-2018. Em ambos os períodos, os alimentos fortificados representaram aproximadamente 40% da ingestão total de folato, enquanto as fontes naturais representaram 60%, destacando-se o feijão.

Eixo Temático
  • Epidemiologia nutricional