O COMPORTAMENTO DOS PAIS INFLUENCIA OS PADRÕES DE COMPORTAMENTO DE RISCO DOS ADOLESCENTES?

Vol 2, 2021 - 140473
Pôster Eletrônico - PE07 - Epidemiologia da saúde do adolescente (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivo: Identificar padrões de comportamentos de risco dos adolescentes brasileiros e entender se eles podem ser explicados pelos comportamentos parentais (estilo parental, uso de álcool e status de moradia). Métodos: Um estudo controlado randomizado por cluster foi realizado com 6391 alunos da 7ª e 8ª séries de 72 escolas públicas brasileiras para avaliar o efeito do programa europeu de prevenção ao uso de drogas Unplugged, chamado #Tamojunto no Brasil. Os dados foram coletados em três momentos: antes da implementação, 9 e 21 meses depois. Os padrões de comportamentos de risco foram identificados por meio da análise de classe latente, usando medidas do uso de drogas, bullying e sexo desprotegido. As análises de regressão logística multinomial examinaram se o estilo, uso de álcool e status de moradia dos pais, no tempo inicial, atuariam como preditores das classes latentes de uso de drogas após 21 meses de acompanhamento. Resultados: Os comportamentos de risco (uso de drogas, bullying e sexo desprotegido) estão inter-relacionados e tendem a co-ocorrer na adolescência, em quatro perfis: “Comportamentos de Baixo Risco”, “Alta Prática de Bullying”, “Alto Uso de Álcool e Alta Prática de Bullying” e “Comportamentos de Alto Risco”. Os episódios de embriaguez materna e o estilo parental (autoritativo e indulgente) parecem ser importantes preditores da probabilidade do adolescente pertencer as diferentes classes latentes de comportamentos de risco. Conclusões: Os programas devem buscar prevenir os vários comportamentos de risco de forma simultânea, além de incluírem como parte dos seus currículos atividades voltadas ao desenvolvimento de habilidades parentais.

Eixo Temático
  • Epidemiologia da saúde do adolescente