MORTALIDADE DE IDOSOS NA CIDADE DE SÃO PAULO DE 2010 A 2015, SEGUNDO NÍVEL PRESSÓRICO

Vol 2, 2021 - 140655
Pôster Eletrônico - PE09 - Epidemiologia da saúde do idoso (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivo: descrever a mortalidade e o perfil de idosos com diferentes níveis pressóricos acompanhados entre 2010 e 2015. Metodologia: Estudo longitudinal com dados do Estudo SABE, de base populacional, com uma amostra representativa da população idosa da cidade de São Paulo. Foram analisadas as características de idosos que vieram a óbito entre 2010 e 2015. Os avaliados em 2010 foram classificados em: normotensos, hipertensos com pressão arterial sistólica (PAS)<160mmHg,e hipertensos com PAS ≥160mmHg. Foi feita análise ponderada dos dados. Resultados: A mortalidade em normotensos foi de 14,3%,mais frequente em idosos de 80 anos e mais (43,1% vs 5,1% nos que sobreviveram), com baixa escolaridade (51,7% vs 22,4%), sem doença crônica (53,3% vs 44,6%) e sem plano de saúde (50,8% vs 44,1%). Entre hipertensos com PAS<160mmHg foi observada mortalidade de 17,8%, mais frequente a partir de 80 anos (41,6% vs 10,9%), com baixa escolaridade (74,9% vs 35,7%), com outra doença crônica (80,2% vs 66,6%) e sem plano de saúde (63,8% vs 55,9%). Para PAS ≥160mmHg foi observada mortalidade de 24,5%, maior em idosos de 80 anos (32,9% vs 12,7%), com 4-7 anos de escolaridade (43,1% vs 42%), outra doença crônica (79,6% vs 56,9%) e com plano de saúde (38,7% vs 36,2%). Não houve diferença na ocorrência de óbitos entre sexos e raças (p=0,071 e 0,088 respectivamente). Conclusão: Na maioria dos níveis pressóricos avaliados, houve maior frequência de óbitos em idosos sem plano de saúde e baixa escolaridade, que pode ser um reflexo de piores condições socioeconômicas e acesso aos tratamentos necessários.

Eixo Temático
  • Epidemiologia da saúde do idoso