IMPACTO DA COR DA PELE NAS NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM SANTA CATARINA

Vol 2, 2021 - 141627
Pôster Eletrônico - PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Introdução: A violência contra a mulher é um fenômeno enraizado há muitos séculos, que se constituiu a partir da naturalização histórica da desigualdade entre os gêneros, e através de vários mecanismos ideológicos de classificação social e potencializa o poder das desigualdades, da opressão e da exploração das mulheres negras. O objetivo desse estudo é avaliar a diferença da violência entre as mulheres brancas e não brancas no estado de Santa Catarina. Métodos: Trata-se de um estudo transversal a partir de 5.618 notificações de registro de violência ao SINAN, no estado de Santa Catarina no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Resultados: O estudo mostrou que a cor da pele da mulher tem impacto em algumas características dos casos notificados de violência contra a mulher. Foram encontradas associações significativas entre cor da pele não branca e faixa etária de 18 a 29 anos (43,9%), menor escolaridade (60,8%), zona de residência (87,8%) e ocorrência (86,6%) em área urbana, meios de agressões objeto contundente (1,57 - IC95%: 1,25-1,97) e objeto perfuro-cortante (1,41 - IC95%: 1,17-1,69) relacionando com o cônjuge (1,09 - IC95%: 1,00-1,19) alcoolizado (1,26 -IC95%: 1,17-1,36), assim como encaminhamentos para as redes de saúde (64,9%). Conclusão: Verifica-se associação entre mulheres não brancas e sua situação de vulnerabilidade social, como também se relaciona com as violências mais brutais.

Eixo Temático
  • Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas