Anais do 11 º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Objetivo: comparar a força muscular inspiratória e expiratória entre idosos sarcopênicos e não sarcopênicos, além de identificar os melhores pontos de corte da força muscular respiratória para predizer sarcopenia em idosos. Métodos: Estudo epidemiológico com delineamento transversal, realizado com 280 idosos (≥60 anos), ambos os sexos, residentes em comunidade em um município do Nordeste brasileiro. A sarcopenia foi definida utilizando os critérios de baixa força e massa muscular insuficiente. As Pressões Inspiratória Máxima (PImáx) e Expiratória Máxima (PEmáx) foram mensuradas por meio de um manovacuômetro digital. O poder diagnóstico da sarcopenia pela PImáx e PEmáx e a identificação dos pontos de corte foram avaliados pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC), área sob a curva ROC (ASC), Sensibilidade (S) e Especificidade (E). Resultados: 55,0% dos idosos eram do sexo feminino, 38,9% tinham idade entre 70 e 79 anos, 48,0% era ex-fumante, 30,0% fisicamente inativos e 47,1% com mais de duas doenças crônicas. A prevalência de sarcopenia foi de 7,9%. Os idosos sarcopênicos apresentaram menor força muscular inspiratória e expiratória em relação aos idosos não sarcopênicos (p≤0,05). Para as mulheres idosas, os pontos de corte para PImáx ≤ 46cmH2O (S=100 e E=69) e PEmáx ≤ 50cmH2O (S=100 e E=84,5), bem como para os homens idosos os pontos de corte para PImáx ≤ 63cmH2O (S=83,3 e E=61,9) e PEmáx ≤ 92cmH2O (S=100 e E=68,7) foram identificados como critérios para predizer sarcopenia (ASC > 0,70). Conclusão: Idosos sarcopênicos apresentaram menores pressões inspiratória e expiratória máximas, sendo estes indicadores bons preditores de sarcopenia em idosos.