Anais do 11 º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Objetivo: descrever a evolução temporal da atenção pré-natal na rede básica do Brasil 2012 a 2018. Métodos: estudo transversal com dados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade, realizados em 2012, 2014 e 2018. Seis desfechos foram avaliados: seis ou mais consultas; vacina antitetânica; prescrição de sulfato ferroso; exames realizados (urina, glicemia, HIV, sífilis e ultrassom); orientações (amamentação exclusiva, alimentação e ganho de peso, cuidados com o bebê e importância do pré-câncer) e procedimentos realizados (aferição da altura uterina e pressão arterial, exame ginecológico, das mamas, da cavidade oral e pré-câncer). Foram estimadas prevalências, para cada ano, e mudança anual em pontos percentuais (p.p.) dos desfechos. Resultados: as amostras foram compostas de mulheres com filhos menores de dois anos que realizaram o pré-natal nas unidades básicas de saúde avaliadas, sendo 6.125 em 2012, 9.945 em 2014 e 16.596 em 2018. Foi observada uma evolução positiva para os exames de ultrassom (0,31 p.p.), HIV (0,49 p.p.), glicemia (1,99 p.p.), sífilis (2,34 p.p.), e para a realização de todos os exames (3,54 p.p.). A orientação sobre alimentação e ganho de peso do bebê e o exame da cavidade oral apresentaram incremento de 0,49 p.p. e 1,91 p.p., respectivamente. Conclusões: apesar da melhora, principalmente nos exames, orientações e procedimentos como aferição de altura uterina, exame ginecológico e pré-câncer devem ser realizados no acompanhamento pré-natal com intuito de promover um cuidado de boa qualidade.