ESCORE DE CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS: DESCRIÇÃO E USO EM SISTEMAS DE VIGILÂNCIA

Vol 2, 2021 - 139705
Comunicação Oral Coordenada - COC 37 - EXPLORANDO DESEMPENHO DE INSTRUMENTOS E NOVAS FORMAS DE MENSURAÇÃO
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Resumo

Objetivos: Descrever a performance do escore de consumo de alimentos ultraprocessados e sua utilização em inquéritos na população adulta brasileira. Métodos: A performance do escore foi avaliada em amostra de conveniência na cidade de São Paulo, calculando-se a concordância entre os quintos de sua distribuição e os quintos da contribuição energética (%) de alimentos ultraprocessados, obtida por recordatórios de 24 horas, pelo índice Pabak. Os dados de sistemas de vigilância provêm do estudo Vigitel e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), coletados em 2019 (n=52.443 e n=88.541, respectivamente). O escore correspondeu à soma de respostas positivas a questões sobre o consumo no dia anterior de subgrupos de alimentos ultraprocessados (13 no Vigitel e 10 na PNS). Foram descritas a distribuição do escore e a prevalência de escores ≥5 para a amostra total do Vigitel e da PNS, separadamente, e por sexo e faixa etária. Resultados: O escore apresentou concordância substancial (Pabak=0,67) entre quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição da participação (%) de ultraprocessados na dieta. A distribuição do escore concentrou-se em valores entre 1 e 4 e a frequência de escores ≥5 foi 18,2% (IC95% 17,4-19,0) no Vigitel e 14,3% (IC95% 13,8-14,8) na PNS. As frequências foram menores entre mulheres e diminuíram linearmente com a idade. Conclusões: O escore de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir a participação desses produtos na dieta e facilita seu monitoramento, colaborando com a formulação e avaliação de políticas públicas que visem reduzir esse consumo.

Eixo Temático
  • Epidemiologia nutricional