DESIGUALDADE SOCIAL NA MORTALIDADE EM IDOSOS

Vol 2, 2021 - 142032
Pôster Eletrônico - PE41 - Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde (TODOS OS DIAS)
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Resumo

Objetivo: Quantificar o gradiente social na mortalidade geral em idosos Brasileiros e Ingleses. Métodos: Estudo longitudinal com participantes de 60 anos ou mais de idade do estudo Saúde do Idoso Gaúcho de Bagé (SIGa-Bagé) (2008-2016/17) e do English Longitudinal Study of Ageing (ELSA) (2003/04-2013), Inglaterra. Foi calculada a taxa de mortalidade geral. No SIGa-Bagé foram utilizados os critérios da classificação econômica da ABEP para avaliação da riqueza, estratificado em: A/B (mais ricos), C e D/E (mais pobres). No ELSA, considerou-se riqueza financeira, propriedade, bens e negócios em quintis e após agrupados em: quintil 1/2 (mais ricos), 3 e 4/5 (mais pobres). Foi calculado Hazard Ratio (HR) para mortalidade por riqueza, ajustado para fatores de risco modificáveis e estratificado por idade (60-74 e 75+) e sexo. Resultados: Ocorreram 638 (SIGa-Bagé) e 659 (ELSA) óbitos após nove anos de acompanhamento. A taxa de mortalidade foi de 72.3 (SIGa-Bagé) e 25.4 (ELSA) mortes por 1,000 pessoas/ano. O gradiente social foi evidenciado entre homens (grupo 60-74 e 75+) e entre mulheres (grupo 60-74), em ambos os estudos. Entretanto, significância foi encontrada somente entre os homens mais jovens no ELSA (grupo intermediário HR=1.61 [IC95%:1.07-2.42] e mais pobres HR=1.69 [IC95%:1.15-2.48], comparado aos mais ricos). Um padrão diferente foi encontrado entre as mulheres 75+ no SIGa-Bagé: mortalidade pareceu ser maior entre as mais ricas comparado ao grupo A/B e C (teste de Wald: p=0.036). Conclusões: A mortalidade é 2.8 vezes maior em Bagé comparado a Inglaterra e as desigualdades sociais na mortalidade persistem entre os idosos.

Eixo Temático
  • Epidemiologia social e determinantes sociais em saúde