DESAFIOS DE MULHERES NO INTERIOR DO NORDESTE FRENTE AO CÂNCER CERVICOUTERINO

Vol 2, 2021 - 139612
Comunicação Oral Coordenada - COC 12 - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS - ESPAÇO, TEMPO E CONTROLE
Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Resumo

Objetivo: Analisar os fatores associados ao monitoramento das ações para controle do câncer cervicouterino nas Equipes de Saúde da Família (EqSF) em região de saúde do Nordeste. Método: Pesquisa transversal conduzida de janeiro a março de 2019, com 241 médicos e enfermeiros de EqSF de uma região de saúde. O monitoramento adequado foi mensurado pelo grau de cumprimento de ações de promoção, prevenção e busca ativa para controle do câncer do colo do útero (CCU), que foi utilizado como condição traçadora para avaliar a região. Três blocos de variáveis foram testados como explicativas: caracterização e capacitação profissional; organização da unidade e acesso ao citopatológico; e coordenação do cuidado e integração assistencial. As associações foram mensuradas pela regressão de Poisson com variância robusta através de entrada hierárquica das variáveis. Resultados: 51,9% (IC95%: 45,5-58,2) dos profissionais realizavam monitoramento adequado das ações para controle do CCU. Mantiveram associação com tal desfecho: Ser enfermeiro, atuar na atenção primária no município (≥ 2 anos), divulgação da coleta por cartazes e outros veículos de comunicação, existência de lesão de alto grau, tempo de realização da biópsia ≤ 1 mês, agilidade na liberação dos laudos. Conclusão: A região apresentou monitoramento mediano que estava relacionado com melhor organização do serviço, vinculação profissional e resposta do apoio diagnóstico. Mulheres de regiões pobres são mais acometidas pelo CCU em âmbito global. A população estudada traz obstáculos adicionais ao cuidado devido a ampla extensão territorial e rural, e ao pequeno porte da maioria dos municípios.

Eixo Temático
  • Avaliação de sistemas, políticas, programas e serviços de saúde