Anais do 11 º Congresso Brasileiro de Epidemiologia

Objetivos: Analisar a prevalência da infecção pelo HIV em gays e outros HSH na cidade de Porto Alegre. Métodos: Este é um recorte de um estudo transversal, multicêntrico, com dados preliminares de participantes recrutados pela metodologia Respondent-Driven Sampling entre junho/2019 e março/2020. A amostra foi iniciada com 3 “sementes”, chegando ao máximo de 13 ondas. Foi aplicado um questionário sociocomportamental e oferecido teste rápido para HIV aos participantes. Resultados: 128 participantes com idade média de 29±8,2 anos foram incluídos. Entre os participantes, 13,3% (n=17) referiram ter a infecção e 10,2% (n=13) nunca tinham feito o teste para HIV. Cento e sete participantes (83,6%) fizeram o teste rápido na pesquisa e 2,8% (n=3) foram positivos. A maioria (82,1%) possui ensino superior, é da cor de pele branca (64,1%) e referiu estar solteiro (68,0%). A iniciação sexual ocorreu em média aos 15,5±4,3 anos de idade e o número de parceiros(as) casuais foi de 5 (intervalo interquartil 1–15) nos 12 meses anteriores à entrevista. Em relação ao uso de preservativo, 60,0% referiram não ter usado na primeira relação e 46,1% não usaram na última relação sexual, sendo que 50,0% não sabiam se o parceiro tinha ou não a infecção. Conclusões: Apesar de serem dados descritivos e preliminares, os resultados mostram um baixo uso de preservativo e elevada prevalência do HIV na capital. Ainda que o HIV seja uma das infecções sexualmente transmissíveis mais conhecidas e a população estudada apresentar taxas mais altas de infecção, muitos nunca fizeram o teste.