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ABSENTEÍSMO DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE EMERGÊNCIA. UM DESAFIO PARA A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA.

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Introdução. O absenteísmo é desafio para os gestores que desejam excelência na assistência aos usuários e representa um dos indicadores de qualidade da gestão. Objetivo. Mensurar e comparar as taxas de absenteísmo da equipe de enfermagem da unidade de emergência referenciada (UER) de um hospital universitário no ano de 2015 e propor estratégias de intervenção. Método: Estudo descritivo e retrospectivo de abordagem quantitativa. Os dados foram extraídos das planilhas de controle de frequência mensal de profissionais de enfermagem lotados na UER, correspondentes ao ano de 2015, a partir dos quais foi calculada a taxa de absenteísmo. A equipe de enfermagem foi composta por 129 profissionais, sendo 33 enfermeiros, 93 técnicos e três auxiliares de enfermagem. A fórmula para o cálculo de absenteísmo utilizada foi a preconizada pelo organização Compromisso com a Qualidade Hospitalar (CQH) em que se estabelece uma relação porcentual entre o número de horas segundo o quantitativo de indivíduos ausentes dividido pelo número de horas por número de indivíduos, multiplicado por 100. Resultados: A equipe de enfermagem estava distribuída em três turnos de trabalho, sendo 34 (26,0%) de profissionais no período da manhã, 33 (26,0%) a tarde e 62 (48,0%) a noite. Em relação ao sexo 79,8% eram feminino, a faixa etária da maioria dos profissionais, 45,7% tinham entre 30 e 40 anos, seguida dos indivíduos com 50 a 60 anos (27,9%). A taxa de absenteísmo teve uma variação de 0,4% (dezembro) a 7,2% (maio e novembro), com média mensal de 3,1% e taxa anual de 45,7%. A principal causa de absenteísmo na unidade foi afastamento por motivo de saúde. Discussão: Estudos realizados em hospitais públicos mostraram taxas de absenteísmo que variam entre 4,78 e 8,98 %, entre os hospitais particulares de 0,25 a 5,44%1. Um Estudo realizado em uma unidade de emergência de Belo Horizonte encontrou uma taxa de 5,68%2 corroborando com os dados encontrados neste estudo. O papel dos gestores na instituição é de fundamental importância na administração do absenteísmo, que é consequência de um conjunto de fatores, permeando pelo adequado dimensionamento do quadro de pessoal, a satisfação profissional, flexibilidade da escala e de horários que atendam às necessidades pessoais dos trabalhadores, a qualidade da assistência ao usuário, o cuidado com a saúde dos profissionais de enfermagem, condições de trabalho e a participação da equipe nos processos da organização, tais como, nos planejamentos da gestão e na consolidação das decisões. Conclusão: O acompanhamento da taxa de absenteísmo e a comparação dos resultados com outras instituições é uma importante ferramenta para auxiliar os gerentes de enfermagem nos processos de trabalho para garantir uma assistência de qualidade.