A secagem de sementes constitui numa operação essencial na cadeia produtiva da soja, promovendo uma redução na umidade da colheita a um nível de umidade segura de armazenamento. Contrariamente à operação convencional, a secagem intermitente opera com entradas transientes durante o processo de secagem. Neste contexto, realizaram-se experimentos de secagem em operação convencional e intermitente comparando em termos de germinação. Utilizou-se as temperaturas de ar de secagem de 50°C e 70°C em ambas as operações, porém a secagem intermitente consistiu-se em modular a temperatura e a vazão de alimentação em um período e amplitude especifico, submetendo as sementes à ação do ar aquecido do secador a intervalos regulares de tempo (5,10 e 15 min), intercalados com a retirada das sementes e exposição ao meio ambiente (30°C) sem circulação de ar durante o mesmo tempo, sucessivamente até uma umidade definida de armazenamento de 12%(b.s). Concluiu-se que a temperatura do ar de secagem é um fator influente no potencial germinativo das sementes de soja. Temperatura elevada (70°C), em ambas as operações de secagem, danificou significativamente o material, comprometendo a qualidade das sementes. Porém, na temperatura de ar de 50°C em todas as operações, a semente apresentou germinação suficiente para a sua comercialização.