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ALTERAÇÕES ULTRASSONOGRÁFICAS E ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DO BAÇO DE CÃES SUBMETIDOS À ESPLENECTOMIA

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O exame ultrassonográfico possibilita a avaliação estrutural e a dinâmica vascular do baço e viabiliza a identificação de diversas anormalidades deste órgão, em estágio inicial ou avançado. Com a análise histopatológica do baço é possível obter-se o diagnóstico definitivo para doenças inflamatórias, circulatórias, hematológicas e neoplásicas. O presente estudo teve por objetivo analisar e comparar características ultrassonográficas descritas em exames de 23 cães atendidos no HOVET FMU no período de 2012 a 2016, submetidos à esplenectomia e análise histopatológica do baço. Dentre os animais avaliados, 14 (60,9%) eram fêmeas e 9 (39,1%) machos, com idade média de 10,1 anos. Observou-se que 15 (65,2%) dos exames histopatológicos apresentavam lesões não neoplásicas e 8 (34,8%) apresentaram lesões neoplásicas, sendo 3 (37,5%) benignas e 5 (62,5%) malignas. As doenças não neoplásicas foram hiperplasia nodular linfóide 39,2% (N=9), hematoma 17,40% (n=4) e congestão esplênica 8,70% (n=2). As doenças neoplásicas malignas foram nódulo fibrohistiocítico 8,7% (n=2), hemangiossarcoma 8,7% (n=2), sarcoma fusiforme 4,35% (n=1) e as benignas, hemangioma 13% (n=3). Nas afecções não neoplásicas ou neoplasia benigna, as alterações ultrassonográficas, de modo geral, mostraram um baço com dimensões normais a aumentadas, contornos regulares, ecotextura homogênea com vascularização variável de lesões focais ao estudo Doppler. No diagnóstico de neoplasia maligna, o baço possuía dimensões normais a aumentadas, áreas de calcificação, contornos irregulares, áreas cavitárias, perda da arquitetura habitual e aspecto grosseiro como principais alterações. O exame ultrassonográfico contribuiu com hipóteses diagnósticas relevantes pelos aspectos apresentados, no entanto, o exame histopatológico é necessário para o diagnóstico definitivo.