A alimentação é necessidade básica e aspecto fundamental para a promoção da saúde. No âmbito acadêmico, o RU tem como propósito oferecer refeições de qualidade nutricional e microbiológica, a baixo custo. O controle de qualidade é de suma importância e o uso de ferramentas como BPFs e POPs, auxilia na extinção de DTAs. A presença de coliformes é indicativa de contaminação fecal, sendo este indicador de qualidade microbiológica. O presente estudo teve como objetivo avaliar a presença de coliformes totais, termotolerantes e Staphylococcus sp. em alimentos, superfícies e utensílios utilizados no preparo das refeições do RU da cidade de Londrina. Foram avaliadas 37 preparações, constando de saladas, arroz, feijão e carnes, além de superfícies de talheres, pratos e bandejas, quinzenalmente, no período de outubro a dezembro de 2014. Para as análises de alimentos, 25g de cada preparação foi adicionada a 225mL de salina 0,85%, seguida de diluições seriadas. Para o grupo dos coliformes, foi utilizada a técnica do NMP empregando-se a metodologia de tubos múltiplos. Alíquotas de 1mL das diluições foram transferidas para tubos contendo caldo lactosado e incubados a 35°C/24-48h. Considerados positivos aqueles com turvação e produção de gás, desses foi transferida alíquota para tubos contendo caldo VB incubados a 35°C/24-48h, e para caldo EC incubados a 45°C/24-48h. A partir dos EC positivos, foram estriadas em ágar EMB. O nº de estafilococos coagulase positiva foi determinado por spread-plate, em ágar BP, 37°C/48h. Colônias características foram mensuradas em UFC/mL. Nos utensílios foi realizada a passagem de um swab estéril, seguido de inóculo em meio de cultura seletivo-diferencial. Os índices de contaminação foram observados em alimentos de origem animal, sendo que 6% das amostras apresentaram Staphyolococcus e coliformes totais, as saladas cruas 90% de Staphylococcus e coliformes totais e 9% termotolerantes, nas cozidas, 14% Staphylococcus, 85% coliformes totais e 57% termotolerantes. Quanto às superfícies, verificou-se a presença de ambos os microrganismos. Com os resultados obtidos, conclui-se que a qualidade da refeição servida, neste período, não estava segura do ponto de vista microbiológico, colocando em risco a segurança alimentar da população acadêmica.