O impacto da falta de políticas públicas em saneamento básico na promoção da pobreza menstrual de mulheres e meninas

Vol 3, 2022 - 147878
Iniciação Científica-Oral
Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Resumo

A presente pesquisa faz parte de um projeto que busca analisar o quadro da provisão de
serviços coletivos urbanos, em especial os serviços de saneamento básico relacionados ao
abastecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios do norte fluminense, sob a
ótica da capacidade institucional. Particularmente, essa pesquisa pretende investigar como a
falta desses serviços afeta principalmente mulheres e meninas em situação de
vulnerabilidade social e como as condições sanitárias e de higiene podem levar à situação de
pobreza menstrual. O objetivo é analisar a relação entre os aspectos sociais, econômicos e
políticos, e a falta de políticas públicas e acesso correto aos serviços de distribuição,
abastecimento de água e esgotamento sanitário, e como isto pode trazer consequências
para a qualidade de vida das pessoas em vulnerabilização econômica e social. Esse déficit
de acesso a tais políticas públicas afeta de diferentes formas os distintos grupos sociais a
depender da sua classe, raça e sexo: mulheres e meninas pobres e racializadas sofrem
muito mais, pois tem sua saúde íntima e menstrual afetada. Entende-se que a pobreza
menstrual não está apenas relacionada à falta de absorvente íntimo, mas também a
precárias condições básicas de higiene, acesso à água e ao esgotamento sanitário. O
acesso à rede de saneamento básico, que compreende os serviços de abastecimento de
água e coleta e tratamento de esgoto, é fundamental para a realização da higiene íntima e
pessoal, e esse é um dos principais pontos da discussão acerca da pobreza menstrual no
Brasil e no mundo. A metodologia que utilizo nesta pesquisa é de cunho bibliográfico sobre
conceitos, estudos e pesquisas que deem suporte à análise dessa relação e levantamento de
dados de instituições responsáveis por pesquisas sobre saneamento básico e pobreza
menstrual. A princípio, temos indícios de considerável quantidade de mulheres e meninas
que não possuem a garantia de condições básicas de higiene e saúde física e mental
necessárias para lidar com o período menstrual, sobretudo na fase escolar. A pesquisa se
encontra em andamento, estamos em fase de análise teórica, compilação de dados e
discussões sobre o impacto da inflexão ultraliberal no Brasil e das privatizações sobre as
políticas públicas relacionadas ao saneamento básico Essas discussões se tornam
importantes para elaboração e construção de políticas públicas para melhorar qualidade de
vida dessas pessoas, principalmente as mais afetadas pela ausência de atenção social e
governamental. Diante da condição indigna em que mulheres e meninas se encontram no
mundo, se torna urgente a produção de trabalhos científicos sobre o tema da pobreza menstrual

Compartilhe suas ideias ou dúvidas com os autores!

Sabia que o maior estímulo no desenvolvimento científico e cultural é a curiosidade? Deixe seus questionamentos ou sugestões para o autor!

Faça login para interagir

Tem uma dúvida ou sugestão? Compartilhe seu feedback com os autores!

Instituições
  • 1 Universidade Federal Fluminense
Eixo Temático
  • 3.6 UFF - Ciências Sociais Aplicadas
Palavras-chave
saneamento básico
Pobreza menstrual
Mulheres e meninas