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O conservadorismo encontra-se entre os principais programas políticos da modernidade ao lado do liberalismo e do socialismo. Sua importância desde a obra de Edmund Burke (1729-1797) “Reflexões Sobre a Revolução na França” tem sido demonstrada através de sua propagação por diversos países, entre os quais, o Brasil. Neste sentido, considerando a recepção do conservadorismo e a importância de sua defesa na história política brasileira, este trabalho tem por objetivo apresentar a crítica ao conservadorismo desenvolvida pelo sociólogo paulista Florestan Fernandes (1920-1995). Para isso, considerando o estágio inicial da pesquisa, iremos nos pautar nas obras do autor como “instância empírica de análise” e, considerando a intensa ocorrência dos termos “conservadorismo” e “conservantismo”, apresentar uma primeira interpretação deste (s) conceito (s) de forma crítica, sem deixar de considerar sua atualidade e contribuição para o entendimento do cenário sociopolítico em vigor. Os resultados preliminares apontam para a existência na gramática política brasileira, segundo Florestan Fernandes, de um discurso que, além de autoritário, trabalha para a manutenção do status quo das classes dirigentes. Além disso, quando estas se sentem ameaçadas por forças democratizantes socialmente organizadas, não recusam o uso da violência e da barbárie como forma de “autodefesa” e “autopreservação”. O conservadorismo é assim uma estratégia de “conservantismo” entre os iguais que conseguem desfrutar dos escassos frutos civilizatórios experimentados na forma de efetividade histórica. Nestes termos, para a maior parte da população brasileira, o que resta é a exclusão e a falácia conservadora – Deus, pátria, família – como acomodação ideológica sem integração social efetiva.
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