EFEITO DA INTERAÇÃO ENTRE Phytophthora palmivora E Achromobacter xylosoxidans NA PODRIDÃO DO PÉ DO MAMOEIRO

Vol 3, 2022 - 149490
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Resumo

O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma cultura de grande importância econômica agrícola no Brasil e no mundo. Porém, diversas doenças acometem as lavouras resultando em perdas significativas na produção. Dentre estas, destaca-se a podridão do pé do mamoeiro, causada pelo oomiceto Phytophthora palmivora Butler, capaz de ocasionar a morte de plantas em qualquer estádio de desenvolvimento. Sua associação com bactérias apresenta-se como um fator relevante ao estímulo de virulência no hospedeiro, como já verificado noutros patossistemas análogos. Em placas de isolamento do nosso grupo, foi identificada a associação entre P. palmivora (Pp13) e a bactéria Achromobacter xylosoxidans (Ax). No entanto, os resultados obtidos em estudos prévios demonstraram que Ax não possui efeito patogênico isolado, bem como não afetou significativamente o crescimento micelial, a produção de inóculo e a colonização de frutos verdes de mamão por Pp13. Por outro lado, a velocidade de colonização dos frutos foi maior na condição em que houve co-inoculação desses isolados, pois a interação fungo-bactéria pode atuar intensificando os danos causados ao hospedeiro. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da interação entre Pp13 e Ax na patogênese da podridão do pé do mamoeiro. Para tanto, o substrato de mudas será infestado por meio de pipetagem direta com Pp13, Ax e Pp13-Ax, em diferentes estádios de desenvolvimento de mudas de mamão (cv. Golden). Na primeira fase, a inoculação será realizada no desenvolvimento inicial de plântulas (semeio vs. emergência vs. 30 d após semeio); e na segunda fase, a inoculação será realizada desenvolvimento das mudas, 30 d pós-transplantio (45 d vs. 75 d vs. 105 d após o semeio). Pp13 será cultivado em meio BDA, a 28 ºC por 10 d. Posteriormente, frutos verdes de mamão serão infestados com discos miceliais de 1 cm da cultura e mantidos em câmara úmida, por 7 d, a temperatura ambiente para obtenção de esporângios. O inóculo será composto por uma suspensão de 1x103 esporângios/mL-1/dm-3. Ax será cultivada em BD-líquido em Shaker (125 rpm), a 28 ºC, por 24 h, e o inóculo será composto por uma suspensão de 1x108 células/mL-1/ dm-3. A co-inoculação será realizada pela adição de ambas suspensões diretamente no substrato. Os experimentos encontram-se em andamento, tendo sido realizado até o presente momento, o semeio (fase 1 e fase 2) e a inoculação dos microrganismos no semeio e na emergência (fase 1). A partir dos resultados obtidos espera-se verificar se a adição de A. xylosoxidans estimula a patogênese de P. palmivora Pp13 em mudas de mamoeiro em diferentes estádios de crescimento.

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Instituições
  • 1 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Eixo Temático
  • 1.4 UENF - Ciências Agrárias (CCTA): 1. Produção Vegetal
Palavras-chave
Esporângios
Bactéria
inoculação