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Alterações na morfologia de quadril têm sido associadas com diversas disfunções dos membros inferiores, assim como com padrões indesejados de movimentos. Dentre tais alterações, o aumento ou diminuição do ângulo de versão femoral parece ser a de maior relevância. Embora não consensual tal ângulo entre 15° e 20° é considerado típico. Indivíduos com ângulo de versão aumentado ou diminuído, são classificados com anteversão ou retroversão femoral, respectivamente. No entanto, pouco se sabe sobre a influência da anatomia dessa articulação em parâmetros biomecânicos de gestos funcionais, como o agachamento, o que seria essencial para identificar qual alteração morfológica poderia estabelecer alguma relação com padrões de movimentos indesejados em situações clínicas. Objetivou-se comparar a cinemática de joelho/quadril durante o agachamento unilateral entre sujeitos apresentando anteversão ou retroversão femoral. Pesquisa registrada em CEP competente sob número CAAE: 58425016.0.0000.0118. Foram analisadas imagens de tomografia computadorizada de 18 articulações de quadril (9 sujeitos, 7 mulheres e 2 homens) para obter os valores da versão femoral. A cinemática do joelho e quadril foi obtida através do sistema de câmeras optoeletrônicas Vicon Bonita MX® (Oxford Metrics, Orford, UK) e estruturada no software Visual 3D®. Os sujeitos executaram o agachamento unilateral em ambos os membros seguindo uma cadência de 45 bpm alcançando 60° de flexão do joelho. Foram realizados 5 agachamentos unilaterais para cada membro, onde as 3 repetições centrais foram extraídas para análises. Sujeitos com ângulo de versão femoral entre 13° e 24° foram excluídos. Formaram-se dois grupos, grupo retroversão (GR) com o ângulo de versão femoral diminuído: < 13° (média = 7,0° DP 4,2°), e o grupo anteversão (GA) com ângulo de versão femoral aumentado: > 24° (média = 27,5° DP 2,8°). Foi utilizado um Teste-t independente para comparar o ângulo do joelho (planos frontal e transverso) e do quadril (sagital, frontal e transverso) no pico de flexão do joelho entre os dois grupos; foi considerado p ≤ 0.05. Nos resultados houve diferença significativa no plano frontal do joelho e quadril. O GA apresentou aumento do movimento de abdução de joelho (valgo) e da adução de quadril comparado ao GR, p= 0,38 e <0.01, respectivamente. Não houve diferença significativa, mas uma tendência ao aumento da rotação externa de quadril no GA comparado ao GR. Sugere-se então que o aumento da anteversão possui alguma relação com movimentos indesejados durante o agachamento dos sujeitos analisados, especulando-se a necessidade de maior atenção a esses pacientes durante a prática clínica.
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