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RASTREIO DE DEPRESSÃO NA POPULAÇÃO ADULTA ATENDIDOS NO PSF DO CPA2

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Introdução:
Os transtornos psiquiátricos contribuem para a redução da capacidade funcional e da qualidade de vida. Dentre todos os distúrbios psiquiátricos, a depressão figura o distúrbio com maior frequência mundial, sendo cogitada como a segunda causa de morbidade para as próximas décadas. Além disso, essa doença é associada a outras doenças crônicas. Assim, temos que a depressão é de fato um problema de saúde pública e um rastreio eficiente dessa doença se torna essencial.
A força tarefa americana de prevenção - US Preventive Services Task Force (USPSTF) - achou evidências convincentes que o rastreio favorece uma identificação mais acurada de pacientes adultos depressivos no cuidado de atenção primária. O mesmo trabalho encontrou evidências que o rastreio correto melhora o desfecho clínico ao mesmo tempo em que não foi encontrada nenhuma evidência de desfecho desfavorável na doença, quando é realizado o rastreio precoce e universal na atenção primária.

Objetivos:
O presente trabalho visa mostrar através de estudo transversal os resultados de triagem para depressão na população atendida em um PSF de Cuiabá durante o internato realizado na clínica da família do CPA, unidade do CPA 2, entre os dias 19 de setembro de 2016 e 14 de outubro de 2016.

Metodologia:
Foi utilizado auxílio da tecnologia através aplicativo "ADDS- Apoio Diagnóstico de Depressão e avaliação do risco de Suicídio" para celulares Android desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo Ministério da Saúde, que se baseia em questionários de rastreio de depressão - Patient Health Questionnaire (PHQ). Esse questionário foi realizado durante consultas no PSF e o próprio algoritmo do aplicativo já aponta os paciente com rastreamento positivo para depressão e os com diagnóstico provável. Auxiliando, desse modo, na decisão de investigação diagnóstica definitiva e seguimento. Foram incluídos neste rastreio a população com 18 anos ou mais (n=25).

Resultados:
A pesquisa através do rastreamento foi positivo para 45,8% (n=11) e um diagnóstico provável em 16,7% (n=4) da população.

Conclusão:
Conforme evidenciado nos resultados de rastreio, boa parcela da população geral atendida no PSF tem grandes chances de diagnóstico positivo para depressão. Necessitando portanto de acompanhamento para a patologia. O estudo permite demonstrar que a atenção básica pode surpreender, de maneira rotineira e sem maiores gastos, um grande número de casos de depressão, casos esses que possivelmente não encontrariam diagnóstico tão precocemente.