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A NARRATIVA EM TEMPOS MODERNOS: UMA INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS TAYLORISTAS-FORDISTAS

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O filme Tempos Modernos (1936), obra-prima roteirizada, dirigida e protagonizada por Charles Chaplin, conta a história de um operário fabril submetido à opressão do modelo de trabalho do sistema capitalista do começo do século XX. Além de sintetizar a dura realidade dos operários diante da modernidade do sistema produtivo implantado nas fábricas, a obra retrata a pior face do movimento taylorista e do processo fordista de industrialização, mostrando o desemprego, a injustiça social e a exploração da mão de obra durante o período de instabilidade econômica nos Estados Unidos na década de 1930. Este artigo analisa alguns dos princípios da administração científica de Frederick Taylor e a produção em massa de Henry Ford à luz da narrativa do filme Tempos Modernos, mostrando, também, que esses conceitos são vistos até os dias atuais nas fábricas em geral. Como fundamentação teórica, foram utilizados os conceitos sobre fordismo e taylorismo de Gounet (1999), Maximiano (2009) e Chiavenato (2006), para definir e exemplificar as linguagens cinematográficas aplicadas durante o filme, foram utilizados os autores Napolitano (2015) e Martin (2005) e para refletir sobre a relação homem-máquina-sociedade foram usados os argumentos de Flusser (1985).