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Nos últimos anos, achados de vertebrados fósseis em afloramentos da Formação Solimões (Mioceno superior, Bacia do Acre), têm contribuído significativamente para ampliar o conhecimento da paleofauna no estado do Acre. Em 2008 a equipe do Laboratório de Paleontologia do Campus Floresta-LPCF da Universidade Federal do Acre-UFAC e colaboradores registrou uma nova localidade fossilífera para o Alto Rio Juruá, denominada de PRJ 34 (Ponto Rio Juruá 34); revisitada em 2014 e 2016. Sedimentos desta localidade advindos de camadas distintas, após preparação pelo processo de screen washing com a utilização de solução aquosa de peróxido de hidrogênio 10 Vol. e posterior triagem em lupa estereoscópica, possibilitou reconhecer microfósseis de Actinopterygii, representados por dentes labiais, dentes faríngeos, vértebras, fragmentos de escamas (squamules), raios de nadadeiras, porções de crânios e coprólitos. O material, sob estudo, está depositado no LPCF da UFAC e sua identificação foi realizada através de comparações dos dentes fósseis com espécimes de Actinopterygii atuais depositados no Laboratório de Anatomia e Fisiologia Comparada do CF da UFAC. Grande parte da paleoictiofauna identificada até o momento compreende exemplares da ordem Characiformes e das 23 famílias atuais deste grupo foi possível reconhecer representantes de Anostomidae (piaus), Cynodontidae (cachorras e gatas), Erythrinidae (traíras e jejús) e Serrasalmidae (pacus e piranhas). Com exceção dos Anostomidae, formado por espécies onívoras, os representantes das outras famílias são em sua maioria predadores oportunistas. Esses achados fósseis tem contribuído para a ampliação do conhecimento paleoictiofaunístico do Neógeno da Amazônia Sul-Ocidental, principalmente aquele da região do Alto Rio Juruá, pouco conhecida, corrobora a ideia de um paleoambiente há aproximadamente 10 Ma na Amazônia, com grandes corpos de água, semelhante a um grande pântano, e trás dados para os estudos sobre a origem e evolução da fauna no Cenozoico da porção norte da América do Sul. Como continuidade do estudo aqui apresentado os fósseis serão separados e analisados tafonomicamente, levando em consideração o conteúdo fossilífero de camada sedimentar identificada. Estes dados, em conjunto com datações radiométricas, podem trazer subsídios para uma discussão mais ampla acerca das mudanças faunísticas e ambientas da Amazônia durante o Neógeno. [FAPESP 2011/14080-0]
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