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Vivência de profissionais da saúde: o idoso portador da doença de Alzheimer

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O aumento das doenças neurodegenerativas, em especial da Doença de Alzheimer (DA) nos idosos, requer maior atenção dos profissionais que os assistem. A necessidade de condutas integrais que contemplem os anseios do doente e de seus familiares, evidencia a importância de profissionais qualificados na Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivou-se analisar a vivência dos integrantes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e à Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre a DA, e em relação ao manejo do idoso. O estudo insere-se em uma pesquisa maior, cujo produto final é a capacitação das equipes e a construção de tecnologia educativa sobre o manejo do idoso portador de DA. Metodologia descritiva, qualitativa, delineada por meio da pesquisa-ação à luz da Teoria Problematizadora. Participaram 15 profissionais do NASF e ESF de uma Unidade Básica de Saúde em Maringá, Paraná. Realizou-se entrevistas individuais via Google Forms® para caracterização sociodemográfica e informações sobre o manejo do idoso, e dois grupos focais com cada equipe para apreensão das vivências. As falas foram gravadas em mídia digital, transcritas e submetidas à analise temática. Foram respeitados todos os preceitos éticos (Parecer nr. 1.694.696), em consonância com a Resolução 466/12 do CNS. Observou-se que a vivência das equipes é permeada por conhecimentos pontuais embasados em experiências familiares sobre a doença e atendimentos rotineiros, embora limitada quanto ao saber científico. A equipe ESF mantem proximidade com o idoso e sua família, enquanto a equipe NASF apenas em casos direcionados. Ademais, ocorrem manejos distintos em cada equipe, demonstrando fragilidades no matriciamento e acompanhamento de ambas. Concluiu-se que existem lacunas na integração entre os serviços, comprometendo o acompanhamento da população em questão. A educação permanente em saúde é potencial facilitador nesse processo, pois favorece o alinhamento e resolutividade referente a temática, ampliando a interação entre as equipes de saúde.