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A flexibilização expressionista em torno da humanização médica evidenciou-se dentro do cenário mundial. Tal ocorrência intensifica a necessidade de modificar o senso comum para uma teoria a qual trata da essencialidade que deve estar presente no profissional da saúde. A disciplina de interação comunitária, da Fundação Universidade Regional de Blumenau, demostrou tal ideologia, reforçada pela expectativa presente nos recém-acadêmicos do ciclo básico em adentrar precocemente na comunidade. Essa cadeira demonstrou, através da execução de práticas acionais, a formação de essências, e não preferências, tratando-se da criação de vínculos médico-paciente. Na mesma proporção, esse adentrar na complexidade psíquica e social do indivíduo e o conhecimento clínico médico, são duas estruturas que, se não unificadas, irão não apenas dificultar um cuidado mais preciso ou afetivo, mas desencadearão, de maneira provável, em diagnósticos errôneos, pedidos de exames equivocados, tratamentos imprecisos e, portanto, revés médico. Junto à essa inevitável necessidade de urdir laços, surge o prazeroso conflito da medicina da família e a tese deste trabalho, o qual não provoca uma discussão sobre a humanização da medicina ou do profissional da saúde – devido ao fato de serem assuntos já perpetuados intensamente, mas sim utilizar da concepção de afetividade, envolvendo aspectos relacionais de transferência, para um melhor atendimento médico, todavia, ao final do processo de tratamento, saber qualificar a manutenção da autonomia do indivíduo. Eis a transformação sentida pelos acadêmicos do primeiro semestre, onde a discussão questionadora da real existência da medicina humanizada remetia-se presente antes mesmo do adentrar universitário. Esses, portanto, ao conhecerem o funcionamento, o cotidiano, além das ideologias de trabalho perpetuados em uma Estratégia de Saúde da Família, junto da aplicação de todas as teorias debatidas em sala de aula nos projetos acionais desenvolvidos em campo, possibilitaram a percepção das necessidades de uma abordagem mais profunda e da disciplina Interação Comunitária