Implantação da classificação de risco por cores em Unidade Básica de Saúde
Introdução: O acesso com equidade deve ser uma preocupação constante no acolhimento da demanda espontânea, pois para usuários com maior vulnerabilidade este espaço representa uma oportunidade de inseri-los em planos de cuidado. Objetivo: Descrever os resultados do início da implantação da classificação e risco Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência da implantação da Classificação de risco proposta pelo Caderno de Atenção Básica nº28 do Ministério da Saúde em janeiro de 2017, em uma UBS, com 11 equipes, na região Sul de São Paulo. No processo de implantação ocorreram: treinamentos, acompanhamento por meio de instrumento, reuniões com conselho gestor e orientações a população por meio de sala de espera e visitas domiciliares. Após dois meses foi realizada uma auditoria observacional. Discussão: Foram auditados 253 atendimentos, no período de 20/03/2017 a 23/06/2017. Os usuários atendidos foram classificados em: cor verde (66%), azul (15,4%), amarelo (13,8%) e vermelho (0,4%). A média total do tempo de espera para atendimento foram: 45 minutos (verde); 29,6 minutos (amarelo) e 18,6 minutos (azul). As queixas mais frequentes foram: cefaleia, febre e dores no geral. A resolutividade dos casos por enfermeiros foi de: 19% na classificação verde e 58% na classificação azul. Os pacientes classificados como amarelo e vermelho receberam apenas o atendimento médico. Conclusão: O tempo para atendimento deve ser um instrumento de monitoramento continuo das equipes, pois quanto maior o tempo de espera, maior a chance dos usuários buscarem outros meios para resolver os seus problemas. Esperam-se melhores resultados após a etapa de implantação, e fortalecimento da prática colaborativa entre a equipe, gerando maior segurança nas tomadas de decisões. Estes são resultados esperados para o início da implantação e a sua divulgação é importante para o processo de planejamento da classificação de risco por cores.