DESAFIOS DO ENCONTRO CLÍNICO MÉDICO RESIDENTE COM UM PACIENTE TERMINAL

Introdução: O encontro médico-paciente, em determinado momento, é para ambos os sujeitos, um acontecimento imaginável, porém desconhecido. Não se consegue prenunciar os desafios ou dilemas em saúde que um usuário pode trazer durante a consulta. A apreensão médica, ainda é maior, quando envolve as inquietações e incertezas contestadas por um paciente terminal, em cuidados paliativos, vinculado a uma equipe de Estratégia Saúde da Família. Metodologia:Revisão Bibliográfica e Relato de Experiência de um Residente em Medicina de Família e Comunidade da UFRJ. Objetivos Demonstrar os desafios de um médico residente na elaboração do sentido de terminalidade da vida junto as indagações de um paciente em cuidados paliativos; Identificar os aspectos da comunicação clínica dirigidos à abordagem das dimensões da espiritualidade, do contexto psicossocial e familiar que potencializam o cuidado integral a um paciente terminal. Discussão:A habilidade médica, no contexto do encontro clínico centrado na pessoa, possibilita um cuidado individualizado necessário a singularidade da atenção ao usuário. No entanto, os acontecimentos desse encontro não são controláveis ou preditos. A expectativa do encontro com o paciente pode ser desafiadora, principalmente quando envolve complexidade no acompanhamento de um paciente em cuidados paliativos, com o qual a longitudinalidade do cuidado permitiu o construto de fortes relações interpessoais. Assim, o Médico de Família deve se utilizar de habilidades necessárias de comunicação, no âmbito da ESF, que propiciem interferir no sofrimento associado ao prognóstico reservado e facilite à abordagem das dimensões da espiritualidade,do contexto psicossocial e familiar, garantindo maior conforto e qualidade de vida ao paciente. Conclusão: Circunstâncias do encontro médico com seu paciente, que demanda uma complexidade na abordagem das suas condições de saúde,são imprevisíveis e não controláveis. Mas,é possível potencializar o cuidado diante de uma habilidade de comunicação que resinifique para o paciente os aspectos para sua qualidade de vida.