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A rinossinusite, caracterizada por um quadro de inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais, está intimamente relacionada com alterações no transporte mucociliar. Dentre os diversos fatores que afetam essa patologia está a fumaça do tabaco. No Brasil, 17% da população é fumante, esse elevado número, sugere a necessidade de se abordar o tabagismo como um fator agravante de determinadas doenças. Sendo assim, o objetivo do estudo foi conduzir uma pesquisa quantitativa-descritiva, analisando a possível relação entre o tabagismo, em fumantes ativos, e a ocorrência de rinossinusite. A pesquisa, aprovada pelo CEP HUJM (nº do parecer 1.996.544), foi feita através da observação indireta de prontuários do Hospital Universitário Júlio Muller da Universidade Federal de Mato Groso(HUJM), sendo os critérios de inclusão: pacientes tabagistas no período de 2011 a 2016, registrados pelo serviço administrativo do hospital. Já os critérios de exclusão foram: prontuários incompletos, prontuários ilegíveis, pacientes com histórico de sinusectomia, pacientes com cirurgia sinusal. Foram analisados 261 prontuários dos quais apenas 40 apresentaram rinossinusite. Embora muitos artigos indiquem a relação entre o tabagismo e a ocorrência de rinossinusite, as pesquisas realizadas no HUJM não confirmaram tal relação. O estudo apontou que a relação entre o tabagismo e a rinossinusite é inconclusiva com base na realidade local, contudo, o uso contínuo de tabaco indica a maior ocorrência de doenças respiratórias, como foi observado por meio da pesquisa, a qual indicou a grande relação entre tabagismo e doenças pulmonares obstrutivas crônicas.