ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: A prescrição de psicofármacos na Atenção Primária à Saúde (APS) é vista como a principal terapêutica no controle de distúrbios depressivos e de ansiedade. Através do internato do segundo semestre de 2018 da UNIFACIG, na disciplina de Medicina de Família e Comunidade, foi feito observação durante as consultas na Estratégia Saúde da Família (ESF), num período de 10 semanas do estágio, e constatou-se que o Transtorno Mental Comum (TMC) era uma das queixas frequentes no atendimento da Unidade Básica de Saúde. Objetivo: Verificar os fatores de prescrição de psicofármacos para indivíduos com TMC e discutir a ferramenta de matriciamento em saúde mental como viabilidade de implantação na APS. Metodologia: Revisão em banco de dados virtuais (BVS e medline), nos últimos 5 anos, sendo a categoria de análise construída a partir da leitura dos artigos científicos. Os descritores foram: "Saúde Mental"; "Atenção Primária à Saúde"; "Psicotrópicos" e "Transtornos Mentais". Discussão: O TMC no Brasil tem sido de grande relevância na APS, sendo uma proporção significativa da carga global de saúde que utiliza os psicofármacos como medida terapêutica no seu controle. Entende-se a necessidade da ESF ser a base de uma integração resolutiva, a qual requer ações de suportes como o matriciamento na saúde mental, principalmente em lugares com altos níveis de desigualdade e privação econômica. São mudanças desafiadoras e, ainda, em construção após um percurso histórico marcado de desvalorização do cuidado integral ao indivíduo. Conclusão: O sofrimento psíquico observado nos portadores de TMC exige medidas de apoio para reabilitação psicossocial dos usuários na APS. A implantação do matriciamento em saúde mental na ESF é uma ferramenta apropriada que precisa ser melhor discutida pelo potencial de aprimorar e qualificar a rede de assistência na APS. Palavras Chave: Transtorno Mental; Psicofármacos; Atenção Primária à Saúde e Apoio Matricial.