ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

1. Introdução A população idosa no Brasil aumenta a cada ano, porém a qualidade de vida muitas vezes não corresponde às expectativas. Eles frequentemente se veem negligenciados pelos seus familiares, governo e sistemas de saúde. Diante disto aplicamos a Escala de Depressão Geriátrica com 15 questões (EDG-15) para rastreio na população idosa atendida no PSF Primeiro de Março, em Cuiabá-MT, no período de 16/04/18 - 15/06/18, para apresentação dos dados na conclusão do rodízio de Saúde Coletiva 1 do internato de medicina-UFMT. 2. Objetivo Quantificar o número de idosos com sintomas de depressão que não possuíam diagnóstico prévio desta patologia e estavam em acompanhamento no PSF por outras queixas. 3. Metodologia A EDG-15 foi aplicada em 39 idosos, sendo 69,23% entre 60-69 anos, 20,52% entre 70-79 anos e 10,25% > 80 anos. Foram utilizados como critérios de exclusão o diagnóstico prévio de depressão e idade menor que 60 anos. O questionamento foi realizador pelo examinador, que preencheu a resposta que correspondia às opções de sim ou não. A pontuação da EDG-15 varia de 0-15, sendo um ponto atribuído a cada questão. Idosos com pontuação de 0-6 entraram no grupo sem suspeita de depressão, pontuação entre 6-10 entraram no grupo de suspeita de depressão leve à moderada, e aqueles com pontuação de 11-15 entraram no grupo de suspeita de depressão grave. 4. Resultados Dos pacientes investigados 74,4% se localizaram no grupo sem suspeita de depressão, 17,9% estavam no grupo com suspeita de depressão leve à moderada e em 7,7% dos pacientes havia suspeita de depressão grave. 5. Conclusões Podemos observar que parte significativa dos idosos apresentavam sintomas de depressão porém não tinham diagnóstico prévio. É mister que o profissional de saúde avalie o idoso por completo e não esqueça da depressão frente à quantidade de patologias que esta população pode apresentar.