ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: A realização do pré-natal destaca-se como fator fundamental na prevenção e proteção de situações adversas na saúde obstétrica1. Há evidências que a manutenção da qualidade desses serviços, que implica em acompanhamento clínico, intervenções qualitativas como exames laboratoriais, imunização e realização de ultrassonografias, impacta favoravelmente na identificação de situações de risco e na morbimortalidade materna- infantil2,3,4. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo avaliar qualitativamente a assistência pré-natal oferecida às gestantes usuárias de um serviço de APS em Várzea Grande-MT. Método: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo a partir da auditoria dos cartões das gestantes atendidas em um serviço de APS em Várzea Grande-MT, em janeiro e fevereiro de 2019. As variáveis ponderadas foram idade, paridade, estado civil, escolaridade, idade gestacional, número de consultas, exames complementares preconizados no Caderno de Atenção básico nº 32 do Ministério da saúde (2012) e parâmetros clínicos. Resultados: Foram analisados dados de 69 gestantes, que correspondem a 73% das assistidas pela equipe. A idade média encontrada foi de 23 anos, com predomínio de casadas e ensino médio completo. Destas, 50,8% encontravam-se no terceiro trimestre, 36% realizaram seis ou mais consultas e 17,4% coletaram todos os exames laboratoriais recomendados. A vacinação dupla adulta foi comprovada em 63,8% das gestantes e 76,8% informaram fazer uso de sulfato ferroso. Identificamos que 100% das gestantes atendidas tiveram PA, peso e a pesquisa de edema de membros inferiores verificados, 91,3% tiveram a AU mensurada e 88,4% tiveram ausculta de BCF e palpação obstétrica realizada. Conclusão: A partir dos dados obtidos é possível concluir que há uma satisfatória assistência pré-natal no serviço observado, uma vez que, as competências essenciais preconizadas pelo Ministério da Saúde são desenvolvidas. Entretanto nota-se como uma fragilidade o baixo índice de realização de exames laboratoriais os quais teriam potencial de resguardar desfechos perinatais desfavoráveis.