ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Nas últimas décadas o aumento de produtos produzidos por plásticos tem chamado a atenção de pesquisadores de várias áreas. Os plásticos podem ser introduzidos no ambiente através da dispersão pelo vento, lixiviação do solo, esgoto doméstico e industrial, dentre outros. No ambiente, os plásticos podem ser fragmentados em partículas menores, dando origem aos nanoplásticos e microplásticos. Objetivou-se nesse estudo realizar um levantamento bibliográfico acerca dos possíveis impactos de monoplásticos e microplásticos na saúde humana. Para tal foi realizado um levantamento na base de dados do Science Direct, utilizando as palavras chave microplastic, nanoplastic, microplastic in human impact e nanoplastic in human effect. Os resultados revelaram um número significativo de publicações nesse tema. Em 2019 foram encontrados 464, 82, 250 e 41 artigos utilizando as palavras chave: microplastic, nanoplastic, microplastic in human impact e nanoplastic in human effect, respectivamente. Enquanto que em 2018 foram 653, 127, 348 e 70 e em 2017, 568, 70, 190 e 34, utilizando as palavras chave supracitadas, em sequência. Os estudos mostram que os nanoplásticos e microplásticos são considerados um grande problema de saúde pública, embora poucos estudos mostrem as reais implicações na saúde humana. Alguns estudos indicam que esses polímeros podem eventualmente acometer a saúde humana, com implicações no intestino e outros órgaos, tão quanto ocasionar efeitos tóxicos, devido a habilidade de induzir bloqueio intestinal e/ou tecidual, além de fibrosis, congestão e inflamações. No contexto de crescente severidade da poluição de nanoplásticos e microplásticos em ambientes aquáticos e terrestres, ainda há muito trabalho a ser feito para compreender de forma abrangente, os processos e mecanismos envolvidos na introdução e assimilação de nanoplásticos e microplásticos, e os efeitos ecotoxicológicos na saúde humana.