ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: Segundo dados do Ministério da Saúde, 70% da população brasileira possui apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) como sistema de saúde. No entanto, a cobertura da Atenção Primária a Saúde (APS) pelo SUS cobre apenas 74.58% da população. Sendo a APS a porta de entrada do sistema de saúde e o principal âmbito responsável pela prevenção, promoção e recuperação à saúde, seu déficit de acesso repercute na manutenção de altos índices em indicadores de saúde como mortalidade infantil e em manutenção de elevados óbitos por causas evitáveis. Este trabalho visa apontar estratégias racionais e inovadoras que visam o aumento do acesso à APS no Brasil. Metologia: Utilizou-se estudos datados de 2014 a 2018, dos bancos de dados Google Acadêmico e DATASUS. Tendo como critérios de inclusão conteúdos mais atualizados e de maior relevância ao tema e de exclusão a presença de conflitos de interesse. Desenvolvimento: São propostas como estratégias a mobilização para o acesso avançado, com redução das burocracias e rigidez da regionalização. Propõe-se também a extensão do horário, com atendimentos noturnos e em finais de semana nas áreas de maior demanda, além do estabelecimento de tecnologias como marcação não presencial de consultas. Em adição, indica-se a informatização das Unidades Básicas de Saúde, da rede assistencial e dos complexos reguladores, utilizando Registro Eletrônico em Saúde Única, com informações tanto do sistema público como privado. Propõe-se também o aumento da acurácia dos critérios de redistribuição dos recursos do Fundo de Atenção Básica da União, para regiões de maior demanda de cuidados a saúde e vulnerabilidade social. Conclusão: Existem diversas medidas factíveis e eficientes que devem ser implementadas na gestão clínica das Unidades Básicas de Saúde no Brasil, visando a consolidação da universalidade do cuidado.